Trump promete decisão sobre conflito entre Israel e Irã

by Marcelo Moreira

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciará em até duas semanas se o país irá se envolver diretamente no conflito entre Irã e Israel. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (19) pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, durante entrevista coletiva concedida após uma reunião de emergência com o gabinete de segurança nacional.

“O presidente vai tomar uma decisão em duas semanas. Ainda há espaço para negociações com o Irã”, afirmou Leavitt, em referência ao encontro que ocorreu na situation room, sala de crise da Casa Branca. Segundo ela, participaram da reunião o vice-presidente, JD Vance, oo secretário de Defesa, Pete Hegseth, e outras figuras-chave da segurança nacional.

Leavitt também citou uma declaração do próprio Trump aos repórteres: “Com base no fato de que há uma chance substancial de negociações que podem ou não ocorrer com o Irã em um futuro próximo, tomarei minha decisão de ir em frente ou não nas próximas duas semanas.”

Apesar da expectativa por uma definição, Trump mantém uma postura ambígua. Segundo Leavitt, ele “é um pacificador-em-chefe” e estaria aberto a uma saída diplomática — desde que o Irã desista do enriquecimento de urânio e elimine qualquer capacidade de obter uma arma nuclear. “Mas ele também não tem medo de usar a força”, completou.

Questionada se o presidente buscaria autorização do Congresso para uma eventual ofensiva, Leavitt evitou responder. Reforçou, no entanto, que “Washington continua convencida de que o Irã nunca esteve tão perto de obter uma arma nuclear” e que o governo está vigilante quanto aos desdobramentos da guerra.

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Conflito se intensificou com ataques

A intensificação do conflito nas últimas horas pressiona por uma definição. Nesta quinta-feira, Israel bombardeou alvos nucleares no Irã. Em resposta, Teerã lançou mísseis e drones contra Israel após atingir, na véspera, um hospital no sul do país. A guerra aérea, que já dura uma semana, segue sem sinais de recuo de nenhum dos lados.

Internamente, Trump optou por permanecer em Washington no fim de semana — contrariando sua rotina — para acompanhar relatórios contínuos da inteligência e consultas com assessores. A avaliação da Casa Branca é que esses documentos serão determinantes para a decisão final.

Nos bastidores, diplomatas revelaram à Reuters que o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, manteve conversas telefônicas com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, desde o início dos ataques israelenses. As trocas de mensagens indicam que, apesar do discurso público mais duro, Washington ainda considera uma saída negociada.

Mesmo assim, declarações recentes de Trump ampliam a incerteza. Na quarta-feira (18), ao ser questionado sobre o tema durante um evento esportivo no Salão Oval, o presidente foi evasivo: “Ninguém sabe o que eu vou fazer.” No dia anterior, chegou a sugerir em rede social a morte do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, e voltou a exigir a rendição incondicional do Irã.

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