O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou o após o bombardeio dos Estados Unidos a várias instalações nucleares iranianas, que a intervenção americana se deve à “impotência” de Israel após a ofensiva iniciada na semana passada.
Pezeshkian, citado pela agência de notícias oficial iraniana “IRNA”, afirmou que os EUA estiveram envolvidos nos ataques israelenses desde o início, embora tenham tentado esconder, e que, ao ver a “evidente impotência” de Israel, intervieram.
Os Estados Unidos entraram ontem de maneira abrupta na guerra de Israel contra o Irã ao bombardear as três principais instalações do programa nuclear iraniano, enquanto o presidente Donald Trump ameaçou o regime iraniano com mais ataques se “a paz não chegasse rapidamente”.
Em um discurso à nação duas horas depois, Trump pediu ao Irã que não respondesse militarmente e, em vez disso, optasse pela paz. “O Irã, o tirano do Oriente Médio, deve agora fazer a paz. Se não o fizer, os futuros ataques serão muito maiores e mais fáceis”.
Irã respondeu aos EUA afirmando, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, que os Estados Unidos lançaram uma “perigosa guerra” contra o Irã.
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, afirmou que o Irã reserva “todas as opções” para se defender após o ataque americano às suas instalações nucleares, que “terá consequências duradouras”.
Além disso, a Guarda Revolucionária afirmou que a operação que já está realizando contra Israel em retaliação aos ataques lançados em 13 de julho, que envolveram lançamentos diários de mísseis de ambos os lados, “continuará de forma precisa, determinada e feroz”.
Contra os Estados Unidos, em “legítima defesa”, usará “respostas que estão além da compreensão e dos cálculos ilusórios da frente agressora” e, portanto, advertiu os EUA sobre “duras repercussões”.
Neste domingo, o secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, advertiu o Irã de que, embora os EUA não estejam buscando a guerra após o bombardeio de instalações iranianas na noite passada, agirão com “rapidez e decisão” se seus interesses forem ameaçados em caso de retaliação de Teerã.
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