Início » 'Estratégia Star Wars': satélites indicam que EUA miraram bombas em dutos de ventilação de bunker; entenda

'Estratégia Star Wars': satélites indicam que EUA miraram bombas em dutos de ventilação de bunker; entenda

by Marcelo Moreira


Fãs de Star Wars reagiram imediatamente à possível tática militar dos EUA e foram às redes sociais apontar semelhanças com uma ação de Luke Skywalker, protagonista da saga, para destruir a Estrela da Morte. Ataque de Luke Skywalker contra a Estrela da Morte, em Star Wars
Reprodução
Uma análise do jornal americano “The New York Times”, com base em imagens de satélite, indica que o ataque dos Estados Unidos à instalação nuclear subterrânea de Fordow, no Irã, atingiu com precisão duas estruturas que, segundo especialistas, podem ser sistemas de ventilação.
Fãs de Star Wars reagiram imediatamente à possível estratégia militar dos EUA e foram às redes sociais apontar semelhanças com uma ação de Luke Skywalker, protagonista da saga. No primeiro filme da franquia, ele liderou um ataque contra a Estrela da Morte, uma gigantesca estação espacial, por meio do ponto fraco do alvo: um duto de ventilação térmica. (leia mais abaixo)
Conforme a reportagem do New York Times, as estruturas da instalação nuclear de Fordow atingidas pelos norte-americanos eram visíveis apenas nas fases iniciais de operação da usina e apareciam em imagens de satélite de 2009.
Já em 2011, não podiam mais ser observadas. Segundo especialistas, eram possivelmente sistemas de ventilação usados durante a construção, posteriormente cobertos com terra.
Veja na arte:
‘Estratégia ‘Star Wars”: satélites indicam que EUA miraram bombas em dutos de ventilação de bunker
Arte/g1
“Atingir um poço de ventilação faria sentido, porque o buraco para o ar já penetra a rocha espessa, interrompendo sua integridade”, disse ao jornal Mark Fitzpatrick, um especialista nuclear do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
Poços de ventilação “são provavelmente os pontos mais vulneráveis da instalação”, disse ao jornal Scott Roecker, vice-presidente da Nuclear Threat Initiative, uma organização sem fins lucrativos dedicada a reduzir a proliferação de armas nucleares.
‘Estratégia Star Wars’
Durante um intenso combate, Luke Skywalker pilota um caça X-Wing e lança com precisão dois torpedos de prótons (um tipo de arma explosiva) contra a Estrela da Morte.
No filme, os tiros certeiros destroem a estação espacial com seu ataque ao ponto mais vulnerável da estação espacial. Na vida real, ainda não se sabe se o ataque norte-americano foi suficiente para destruir Fordow.
Embora o presidente Donald Trump tenha dito no sábado (21) que as instalações foram “completa e totalmente obliteradas”, avaliações iniciais mais cautelosas de militares dos EUA e de Israel indicaram que Fordow foi severamente danificada, mas ainda sem conclusões.
A semelhança na ação foi suficiente para uma enxurrada de comparações nas redes sociais.
“Ok. Eu vi essa operação militar em um filme. Mandar o explosivo pelo duto de ventilação. Ninguém nas Forças Armadas do Irã assistiu a Star Wars?”, escreveu um usuário do X.
“Segundo relatos, bombardeiros B-2 lançaram ‘bunker busters’ [bombas projetadas para estruturas fortificadas] diretamente em um duto de ventilação; aparentemente, os arquitetos nucleares iranianos nunca assistiram a Star Wars”, diz outra outra publicação.
Initial plugin text
Ao New York Times, o especialista nuclear Joseph Rodgers supôs que “os EUA têm uma inteligência ativa” que pode ter indicado “que aqueles poços eram fraquezas estruturais”.
Antes e depois do ataque
Imagens de satélite obtidas pouco após os bombardeios realizados pelos EUA contra a instalação nuclear de Fordow, no Irã, mostram um antes e depois de possíveis danos causados por bombas do tipo “bunker-buster”, projetadas para penetrar estruturas subterrâneas.
De acordo com New York Times, as fotos captadas pela empresa Planet Labs mostram alterações visíveis no solo, com marcas circulares e nuvens de poeira cinzenta próximas aos pontos suspeitos de terem sido atingidos.
Imagens de satélite mostram a instalação nuclear de Fordow, no Irã, antes (2/06/2025) e depois (22/06/2025) do ataque dos EUA.
Initial plugin text
Apesar dos danos visíveis à estrutura principal da instalação, um edifício de apoio localizado mais ao centro da imagem (identificado pela coloração branca no satélite) parece ter permanecido intacto. A construção auxilia nas operações logísticas do complexo.
Altamente fortificado e situado em uma área montanhosa, Fordow é considerado por autoridades americanas como um dos centros mais sensíveis do programa nuclear iraniano e, por isso, teria sido o principal alvo da recente ofensiva militar.
As fotos mostram a instalação nuclear em dois momentos: antes, em 2 de junho de 2025, e depois, neste domingo, 22 de junho, já com sinais visíveis de destruição após o ataque dos Estados Unidos.
Já outras imagens obtidas pela Maxar Technologies revelam detalhes mais próximos do impacto dos bombardeios.
As fotos mostram buracos e crateras em uma elevação no complexo nuclear subterrâneo, que fica nos arredores de Qom, a 156 km por rodovia a sudoeste de Teerã.
Segundo analistas, os danos sugerem que três munições foram lançadas em dois pontos distintos. A coloração acinzentada indica também que concreto foi expelido pelas explosões.
Imagem de satélite mostra de perto a encosta do complexo subterrâneo de Fordow após ataque dos EUA.
MAXAR TECHNOLOGIES/via REUTERS
Imagem de satélite de 22 de junho mostra buracos e crateras na encosta do complexo subterrâneo de Fordow, após ataque dos EUA, perto de Qom.
MAXAR TECHNOLOGIES/via REUTERS

Source link

You may also like

Leave a Comment

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Presumimos que você concorda com isso, mas você pode optar por não participar se desejar Aceitar Leia Mais

Privacy & Cookies Policy

Adblock Detected

Please support us by disabling your AdBlocker extension from your browsers for our website.