A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou neste domingo (22) que ainda não registrou qualquer aumento nos níveis de radiação fora das três instalações nucleares atacadas pelos Estados Unidos no Irã e acredita que não haverá consequências para a saúde ou o meio ambiente.
“Após os ataques a três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordow, a AIEA pode confirmar que, até o momento, não houve registro de aumento nos níveis de radiação fora das instalações”, disse a agência em um comunicado divulgado na rede social X.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite de sábado (21) que aviões americanos atacaram “com grande sucesso” as instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan.
Após os bombardeios, nos quais também foram utilizadas bombas antibunker de grande tonelagem, o Centro de Segurança Nuclear do Irã também assegurou que “não foram registrados indícios de contaminação” nos locais atingidos.
Em um comunicado posterior, o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, anunciou a convocação de uma reunião extraordinária do Conselho de Governadores da agência da ONU para segunda-feira (23), a fim de abordar a situação no Irã após os ataques.
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Diretor da AIEA reiterou apelo por solução diplomática
Segundo os últimos dados da AIEA, de 13 de junho, as três instalações bombardeadas abrigavam material nuclear na forma de urânio enriquecido em diferentes níveis, o que poderia gerar contaminação radioativa e química dentro das próprias instalações.
Conforme já havia expressado na sexta-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, Grossi reiterou o apelo à busca por uma solução diplomática.
“Declarei em inúmeras ocasiões que as instalações nucleares nunca devem ser atacadas”, ressaltou.
O diretor-geral insistiu também na necessidade de um cessar das hostilidades que permita à AIEA retomar suas inspeções no Irã, incluindo a verificação do inventário de urânio altamente enriquecido do país.
