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Quem era o arquiteto iraniano do 7 de Outubro, morto por Israel

by Marcelo Moreira

Numa nova leva de eliminações de comandantes militares importantes do Irã, Israel anunciou neste sábado (21) que matou Mohammad Saeed Izadi, chefe do Corpo Palestino da Força Quds da Guarda Revolucionária Islâmica.

Segundo informações do jornal Jerusalem Post, as forças de Israel relataram que Izadi foi morto em um ataque de caças da Força Aérea israelense, que, após uma operação de coleta de informações, visou seu apartamento na cidade de Qom, ao sul de Teerã.

Em comunicado, as Forças de Defesa israelenses (FDI) informaram que Izadi foi “um dos arquitetos” do ataque que o Hamas realizou em Israel em 7 de outubro de 2023, quando o grupo terrorista e facções aliadas mataram cerca de 1,2 mil pessoas e sequestraram outras 251.

Segundo o jornal The Times of Israel, as FDI disseram que o comandante iraniano era “um dos poucos que sabiam” dos atentados “antes da execução deles”.

“Izadi facilitou o aumento do apoio financeiro do Irã ao Hamas para atividades terroristas contra o Estado de Israel e manteve contato direto com organizações terroristas palestinas”, tanto em Gaza quanto na Cisjordânia, relataram as FDI, que destacaram que tal apoio ocorreu antes do 7 de Outubro e durante a guerra iniciada na Faixa de Gaza em decorrência dos atentados do Hamas.

“Ele assumiu como missão reconstruir a ala militar do Hamas e garantir que o grupo permanecesse como o poder dominante em Gaza”, descreveram as FDI.

Segundo as forças israelenses, Izadi era um dos principais articuladores de um “plano do regime iraniano para destruir Israel” que consistia em “um ataque multifrontal em duas fases”.

“Primeiro, um bombardeio de mísseis e foguetes pelo regime e seus aliados em todo o Oriente Médio. Segundo, uma invasão em massa do território israelense por dezenas de milhares de terroristas do Líbano, Gaza, Síria, Judeia e Samaria”, informaram as FDI – Judeia e Samaria é o termo bíblico utilizado por Israel para se referir à Cisjordânia.

Em abril, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, havia revelado que um documento obtido pela inteligência do país mostrou que os então líderes do Hamas, Yahya Sinwar e Muhammad Deif (ambos mortos por Israel em 2024), enviaram uma carta ao comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, Esmail Qaani, em junho de 2021, em busca de apoio para ataques no território de Israel com o objetivo de “destruir” o país em dois anos.

A carta pedia a transferência de US$ 500 milhões para esse plano, que resultaria nos atentados do 7 de Outubro.

“[Izadi] aceitou o pedido e respondeu que o Irã, apesar de sua difícil situação econômica e da difícil situação da população iraniana, continuará a canalizar dinheiro para o Hamas, porque a luta contra Israel e os EUA é a principal prioridade do regime iraniano”, disse Katz.

Izadi havia sido alvo de sanções dos Estados Unidos e do Reino Unido pelas suas ligações com o Hamas e a Jihad Islâmica, outro grupo terrorista palestino, que participou dos ataques do 7 de Outubro.

O chefe do Estado-Maior das FDI, tenente-general Eyal Zamir, disse que a morte de Izadi é “um dos momentos-chave na guerra em várias frentes e torna todo o Oriente Médio mais seguro”.

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