O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que uma eventual ordem para assassinar o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, não está descartada. Em entrevista à rede americana ABC News, nesta segunda-feira (16), ele disse que a morte do aiatolá não ampliaria o conflito atual, mas colocaria fim a décadas de ameaças promovidas pelo regime iraniano.
A declaração foi dada em resposta a uma pergunta sobre informações divulgadas por veículos dos Estados Unidos, incluindo a própria ABC, de que o presidente Donald Trump teria recusado um plano israelense para matar Khamenei, com receio de provocar uma guerra. Para Netanyahu, o risco maior é não agir. “Essa guerra eterna é o que o Irã quer. Estamos tentando impedir isso”, afirmou.
O premiê também descartou qualquer tentativa iraniana de negociação, como apontado por reportagem do Wall Street Journal, que indicou uma suposta disposição de Teerã em reduzir as tensões e retomar o diálogo sobre seu programa nuclear. “Eles mentem, enganam, trapaceiam. Enquanto negociam, constroem mísseis e avançam no programa atômico. Não vamos cair nisso.”
Netanyahu argumentou que Israel age em defesa própria, mas também em nome de outros países. “Hoje é Tel Aviv. Amanhã, Nova York”, afirmou. “Eles gritam ‘morte à América’. Não se trata apenas de Israel. Essa é uma ameaça global.”
O Departamento de Estado dos EUA emitiu um novo alerta de viagem na segunda-feira, elevando para o nível máximo o risco para quem pretende viajar a Israel ou à Cisjordânia.
Laura Basílio sob supervisão de Thiago San.