A Suprema Corte da Argentina rejeitou nesta terça-feira (10) o último recurso apresentado pela defesa de Cristina Kirchner e confirmou a condenação da ex-presidente a seis anos de prisão por corrupção. Com a decisão unânime dos três ministros, Kirchner pode ser presa a qualquer momento. A sentença, que também a torna inelegível, encerra o processo em última instância.
Cristina foi considerada culpada por envolvimento em um esquema de desvios de verbas públicas durante seus dois mandatos como presidente, entre 2007 e 2015. Segundo a Justiça, ela favoreceu uma empreiteira da província de Santa Cruz, reduto político do kirchnerismo, com contratos fraudulentos para obras rodoviárias. A ex-presidente respondia em liberdade enquanto aguardava o parecer da Suprema Corte. Por ter mais de 70 anos, ela ainda pode solicitar o cumprimento da pena em regime domiciliar.
Após o anúncio da decisão, manifestantes reuniram-se em frente à sede do Partido Justicialista, em Buenos Aires, onde Cristina acompanhou o desfecho do caso. A ex-presidente havia anunciado recentemente sua intenção de disputar as eleições legislativas de setembro, mas com a condenação, está impedida de concorrer. Apoiadores acusam a Justiça de perseguição política e prometeram intensificar protestos em diferentes regiões do país.