O Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) pediu para o governo de Israel libertar os tripulantes detidos de uma embarcação que estava a caminho da Faixa de Gaza. Na noite de domingo (8), cinco barcos das Forças Especiais Israelenses cercaram o iate Madleen, que transportava os ativistas pró-Palestina.
A tripulação era composta por 12 pessoas, incluindo a congressista do Parlamento Europeu Greta Thunberg. O brasileiro Thiago Ávila também estava entre os tripulantes detidos por Israel.
Em nota publicada nesta segunda-feira (9), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou “acompanhar com atenção a interceptação, pela marinha israelense, da embarcação Madleen, que se dirigia à costa Palestina e foi interceptada na madrugada”.
O texto também destacou a necessidade de que “Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino, de acordo com suas obrigações como potência ocupante”, e completou que “As Embaixadas na região estão sob alerta para, caso necessário, prestar a assistência consular cabível, em consonância [acordo] com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares”.
Entenda o caso
A interceptação aconteceu poucos momentos antes da embarcação romper o bloqueio marítimo Israel ao redor do enclave palestino. A embarcação se dirigia para a costa de Gaza para levar itens de ajuda humanitária ao Enclave Palestino.
O Ministério das Relações Exteriores do governo de Benjamin Netanyahu afirmou que os tripulantes estão bem, e serão enviados até Israel, onde serão interrogados antes de retornarem aos seus países de origem.
Por outro lado, a equipe que coordenava a missão disse ter perdido contato com a embarcação, e que não tiveram atualizações desde a chegada das tropas israelenses. O grupo ainda afirmou que a interceptação aconteceu de forma “forçada” e que Israel “não possui autoridade legal para deter em águas internacionais