Greta e outros ativistas alegam “sequestro” de Israel

by Marcelo Moreira

Ativistas – entre eles a sueca Greta Thunberg – a bordo da embarcação “Madleen”, ligada à organização Coalizão Flotilha da Liberdade, foram impedidos de entrar na Faixa de Gaza pela Marinha israelense nesta segunda-feira (9).

Em uma publicação no X, o grupo alegou que os ativistas foram “sequestrados” e detidos “ilegalmente” por forças israelenses e aliados ao tentar entrar no enclave palestino, que sofre um rigoroso bloqueio marítimo para impedir e entrada de recursos para terroristas do Hamas.

O objetivo do pequeno grupo de 12 pessoas era entregar uma quantidade simbólica de mantimentos para os palestinos e “conscientizar” sobre o “genocídio” que Israel comete em Gaza.

No vídeo divulgado pela Coalizão Flotilha pela Liberdade, Greta afirma que ela e outros ativistas foram “interceptados e sequestrados em águas internacionais”, pedindo ajuda de amigos, familiares e lideranças mundiais para pressionar o governo de seu país, a Suécia, e de outras partes do mundo.

Em resposta, o governo israelense classificou a tentativa de viagem com fins de ativismo como um “truque midiático” para deturpar a real situação de guerra no Oriente Médio, chamando o navio de “iate de selfie”.

O grupo de ativistas, entre os quais estão Greta, o ativista brasileiro Thiago Avila e a eurodeputada francesa Rima Hassan, seria entregue à polícia para deportação ao chegar ao Porto de Ashdod.

O grupo, que iniciou viagem na semana passada saindo da Itália rumo ao enclave palestino, foi repetidamente avisado de que não poderia adentrar o território controlado pelo Hamas.

Segundo o jornal Times of Israel, antes de serem abordados pela Marinha israelense, os os tripulantes receberam a oportunidade de mudar o destino da embarcação, mas rejeitaram a proposta.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores de Israel apontou que “a zona marítima de Gaza continua sendo uma área de conflito ativa, e o Hamas já explorou rotas marítimas para ataques terroristas, incluindo o massacre de 7 de outubro […] Tentativas não autorizadas de romper o bloqueio são perigosas, ilegais e minam os esforços humanitários em andamento”.

O governo apelou para que “todos os atores ajam de forma responsável e canalizem a ajuda humanitária por meio de mecanismos legítimos e coordenados, e não por meio de provocação”.

Os ativistas fizeram publicações após o ocorrido, dizendo que estavam “cercados por drones israelenses”, pedindo nas redes sociais que os apoiadores “soassem o alarme”, segundo é possível ouvir um dos ativistas dizendo. “Por favor, protejam-se todos. Assumam suas posições”.

O porta-voz do governo de Israel para a imprensa internacional, David Mencer, disse nesta segunda-feira que o navio interceptado ao largo do litoral da Faixa de Gaza está sendo rebocado para o porto israelense de Ashdod e que os ativistas a bordo serão deportados para seus países de origem “muito em breve”.

A Faixa de Gaza está sob o bloqueio terrestre, aéreo e marítimo de Israel – que também assumiu o controle da passagem de Rafah para o Egito – desde 2007, quando o Hamas tomou o poder após vencer as eleições um ano antes.

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